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Estudantes vão as ruas protestar contra a discriminação do Kichute

  • Foto do escritor: Everaldo Gomes
    Everaldo Gomes
  • 18 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Estudantes de todo Brasil foram as ruas para protestar contra a discriminação do Kichute, mas como era só desculpa para não assistir aulas e fumar maconha, dificilmente vamos ver o indestrutível pisante de volta as ruas.


O Kichute é um calçado, misto de tênis, chuteira e sapatilha de balé, produzido no Brasil desde a década de 1970. Sucesso de vendas esse pisante ultrapassou a marca de 9 milhões de pares anuais. O sucesso estava no fato do Kichute agradar os pobres com seu visual chuteira (os cravos de borracha) e agradar os ricos com sua ponta inspirada numa sapatilha de balé.


Feito do mesmo tecido dos coletes a prova de bala, reforçados com adamantium e costurado com fios de mitra, o calçado era indestrutível. Com seus cravos de borracha, e sua estilosa cor preta, virou mania entre os meninos, cujos pais tinham bom censo e não compravam a brega Conga.


Era muito usado para ir à escola quanto para a prática do futebol, e para dançar balé. Mas também era usado para ir a missa, bailes, aniversários de 15 anos da namorada, primeira comunhão, cortar grama, vender picolé, tirar sangue e fazer exame de fezes. Devido ao seu grande cadarço, e como pobre tem mania de avacalhar ainda mais o que já feito para ser de pobre, era comum entrelaçá-lo na canela antes de amarrá-lo (o que evitava que você ao dar um bico para o gol não perdesse o pisante que saia voando e poderia ferir alguém, ou simplesmente fazer um buraco em alguma parede. Também era moda dar voltas nele próprio, passando pelo solado, mas só os dançarinos de balé usavam assim.


No inicio da década de 80, o kichute chegou a 98 milhões de pares, o que dá a impressionante marca de 10% da população do Brasil na época. Como o tênis era indestrutível e era usado por ladrões para destruição de carros-fortes, foi necessário cadastro na seção de produtos controlados pelo exército para uso do calçado, o que restringiu seu uso. Em meados da mesma década o chulé produzido pelos kichutes começaram a ameaçar a camada ozônio. Foi o que selou o destino do Kichas, pois Eco-chatos fizeram lobby no congresso e o kichute foi finalmente proibido.

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